Somos
tão Jovens” não é, definitivamente, uma obra-prima. Mas é é um
bom filme. E para os fãs de Renato Russo e, principalmente, para
quem construiu sua história de vida na Capital Federal, emociona.
Thiago
Mendonça não tem o mesmo carisma do líder do Legião, mas
representou de forma competente o filho de bancário que foi um dos
maiores responsáveis por transformar Brasília na capital do rock.
Thiago já interpretara outro músico no cinema – Luciano, em Os
Dois Filhos de Francisco.
O
filme aborda apenas uma pequena fase da vida de Renato, em seus
tempos de punk rock no Aborto Elétrico – seus
integrantes dariam origem tanto ao Legião Urbana quanto ao Capital
Inicial - no final dos anos 1970, quando a turma da “Colina”, o
conjunto habitacional da UnB, agitava as Asas Sul e Norte com festas
ao ar livre e muito rock pauleira. Na sequência, Renato faz uma
pequena incursão como “trovador solitário” e finalmente cria o
Legião Urbana, com Marcelo Bonfá e Dado Villa Lobos.
Mas a
explosão da banda no cenário nacional e a doença de Renato – que
culminou com sua morte em 1996, por complicações decorrentes da
AIDS - não são contempladas no filme. Quem sabe fiquem para Somos
tão Jovens II...
Os
melhores momentos do filme são, claro, as músicas. A primeira
balada (Eu Sei), o primeiro show do Legião (em Patos de Minas) e,
principalmente, um show solo de Renato no Plano Piloto, ao ar livre,
interpretando Ainda é Cedo, num momento de homenagem e reconciliação
com a amiga Ana Cláudia (interpretada por Laila Zaid).
Para
os brasilienses e amantes da música, imperdível!
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