E se Vivêssemos Todos Juntos?
poderia ser um filmaço. Mas ficou no mais ou menos. Depois de um início promissor, parece ter acabado o fôlego do diretor, do orçamento... ou quem sabe do elenco septuagenário.
Em determinado momento, traições do passado vêm à tona e parece que a coisa vai deslanchar. Mas não. O fato é que, ao entrarem os créditos, a impressão é de que faltou algo. É apenas uma hora e meia de duração, e fica uma certa sensação de quero mais....
Mesmo assim, vale a pena: pelo tema (que de alguma forma nos remete à recente comédia britânica O Exótico Hotel Marigold), pelo elenco, pela direção segura.
Como na vida real, não há aquele
estereótipo de “felizes para sempre” em nenhum dos casais, e sim a firme intenção de cuidar um do outro enquanto a vida se esvai.
Observando as velhinhas do elenco
no papel de Annie e Jeanne, é difícil imaginar que Geraldine “Charles” Chaplin
é quase uma década mais jovem que Jane Fonda.
De qualquer maneira, sempre há
algo a refletir em produções que exploram a devastadora e inexorável passagem do
tempo e a chegada da velhice, especialmente quando ela já começa a flertar com o
expectador...
Um título possível seria “E se
Morrêssemos Todos Juntos”...